quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

PALIKIR / ESTADOS FEDERADOS DA MICRONÉSIA - No jantar no restaurante fui pedido em casamento pela Garçonete




MINHA VIAGEM PARA "PALIKIR / ESTADOS FEDERADOS DA MICRONÉSIA" / 

Viajamos para os Estados Federados da Micronésia, um país com pouco mais de 100 mil habitantes dividido em quatro estados onde cada estado fala-se uma língua diferente. A capital "Palikir" eh o centro econômico e político do país, que tem muitas atrações turísticas para seus visitantes. O verde predomina na Micronésia com paisagens naturais intactas e um equilíbrio ecológico surpreendente, o mar eh bem propício para os que gostam de surf, e segundo ficamos sabendo eh o melhor lugar do mundo para esta prática de esporte, mas também tem praias de areia branca e fininha, além de trilhas, escaladas em vulcões inativos, mergulho em alto mar, museu a céu aberto, gastronomia diferenciada e cultura de um povo milenar são uns dos atrativos para amantes de turismo e de culturas milenares. Em Palikir, outro atrativo são as construções, geralmente pequenos edifícios muito próximos que dão um ar de lugarejo saxônico ao lugar. Muito show de bola.

Nosso objetivo era aproveitar o máximo deste pequeno paraíso na Oceania. Assim, conhecemos a capital Palikir que tem aproximadamente 5 mil habitantes, fizemos trilhas e até escalamos um vulcão adormecido. Compramos artesanato nos quatro estados, pois visitamos todos eles. Ficamos observando surfista dando um show nas ondas tubulares. Conhecemos a história e cultura deste povo singular, que fala uma língua diferente em cada um dos quatro estados . Subimos em um maciço rochoso que na verdade eh um vulcão extinto. De lá podemos ver praticamente toda a ilha. Super show de bola esta vista. Quando você for a Micronésia, não deixe de subir este maciço porque eh bonita demais a vista de lá. Também visitamos a ruínas da cidade real. Estas ruínas devem tem mais de mil anos e até receberam o apelido de "A Veneza do pacífico".  Aproveitamos muito nossa passagem pelos estados federados da Micronésia, e não podia ser diferente, pois a vontade era de ficar muito mais tempo que havíamos previsto. Ali realmente eh um lugar bonito por natureza.    

Conhecer países da Oceania tem sido muito gratificante, tanto do ponto de vista de um turista ocidental como de um apaixonado por culturas antigas. isto sem falar dos momentos divertidos, de micos inexplicáveis, da interação com pessoas tão diferentes culturalmente, mas cheia de sonhos como qualquer um de nós. Eu procurava conversar sempre com as pessoas com as quais nos interagíamos. Os atendentes dos hotéis, das pousadas, dos restaurantes, das lojas de artesanatos, das lanchonetes, nossos (pacientes) instrutores de mergulho, de Golf e muitos mais. Só assim podemos levar na bagagem um pouco da cultura destes povos. E isso não tem preço mesmo. Eh mais que super show de bola.


Em uma das noites em que ficamos na capital Palikir, na verdade a última daquela viagem, fomos jantar em um restaurante sugerido pelo hotel onde ficamos hospedados. Achei interessante eles indicarem este restaurante pois quando chegamos tinha nos indicado outro. O restaurante era bem arejado, com uma decoração bonita e estava relativamente cheio. Quem nos atendeu foi uma Garçonete muito atenciosa tanto quanto sorridente. Fizemos nosso pedido escolhendo pelo cardápio, mas por já ter estado em outros países da região, já sabíamos praticamente o que queríamos. Não demorou muito para nos servirem, mas quem serve as mesas são os garçons. As garçonetes só fazem o primeiro contato com  os clientes. Enquanto a gente jantava, o garçom veio e deixou um bilhete para mim, escrito em um pedaço de papel. Deixou o bilhete e saiu. Meus amigos já ficaram me zoando antes mesmo que eu lesse o bilhete. Abri o papel que estava dobrado e o teor dizia (que a pessoa que escreveu) havia ficado interessada por mim, tinha gostado da maneira do meu sorriso e via que podíamos nos casar. Bem, eu entendi assim o bilhete. Meus amigos leram o bilhete e começaram a dizer que eu teria que casar com a moça, que eu ainda nem sabia quem era, de qualquer jeito. Confesso que fiquei meio assustado. Como assim, casar e pronto? Fiquei me perguntando. Tem que gostar da pessoa, fiquei falando já temendo que fosse obrigado a fazer isso. A partir dai já ficava meio que sem graça quando o garçom saia para atender outras mesas. Comentei com meus amigos que só poderia ser a Garçonete que nos atendeu quando chegamos. Claro que ela era muito bonita, sorria lindamente, mas dai casar de um instante para o outro era totalmente fora das minhas pretensões. Assim, acreditando que seria a garçonete, já a olhava para ver se ela estaria olhando pra mim, mas ela parecia totalmente indiferente com a minha presença. Pedi aos meus amigos para acabarmos logo e irmos embora. Eles riram e diziam que não, que eu tinha que resolver aquela situação primeiro.

Meus amigos insistia que eu deveria resolver aquilo antes que ficasse mais sério e acabaram me convencendo a falar com a garçonete. Então, mesmo sem saber o que dizer, fui falar com a garçonete sobre o bilhete e, tentar convencê-la de que não podia me casar assim, de repente. A garçonete estava próxima ao balcão que ficava próximo a porta de entrada, onde recebia os clientes que chegavam. Havia vários clientes sentados em mesas próximas a ela e nossa mesa ficava um pouco distante dali. Ao chegar próximo a garçonete que sorriu pra mim e eu sorri de volta, meio que gaguejando disse que ela era muito linda, parecia ser uma pessoa muito bacana, gostava do sorriso dela. Quando ia dizer que não podia me casar, ela me interrompeu e disse: __Olha moço, eu sou casada. Confesso que fiquei sem chão, totalmente sem graça e quando olhei para as mesas próximas, todos riam do meu vexame, meus amigos já estavam dando gargalhadas da situação. Então, pedi desculpas a garçonete, disse que meus amigos tinha feito uma brincadeira comigo me fazendo acreditar que ela estaria interessada em casar comigo e que eu era meio bobo mesmo, por isso pedi várias vezes desculpas. Ela começou a rir da situação e acabou confessando que já tinha combinado tudo com meus amigos. Que não era casada, que só aceitou participar porque meus amigos disseram que eu não ficaria com raiva.

Fui saindo dali e disse para à garçonete que ela tinha ficado me devendo uma e que eu voltaria ali um dia, numa próxima viagem, (visto que a gente ia embora no outro dia cedo), para ela me compensar o mico que me fez pagar, com um encontro. Ela sorriu e disse que ficaria aguardando. Voltei para nossa mesa e disse para meus amigos que ia ter volta. Eles rindo disseram que o máximo que eu conseguiria fazer com eles seria jogar água neles enquanto dormiam. Ficaram rindo e disseram que depois iam me mostrar a filmagem que fizeram e a cara que fiz quando ela disse que era casada. Disseram que aquele vídeo ia ficar na história. Eu queria que eles apagassem o vídeo, mas eles disseram que as expressões faciais que fiz são impagáveis e que o vídeo seria uma relíquia. Depois que voltamos para o hotel, meu amigo que fez a filmagem com o celular, mandou o vídeo para minha rede social. Assisti o vídeo e confesso que realmente estava totalmente perdido ante a garçonete. No final ficamos só rindo mesmo. Foi muito legal o acontecido, uma lembrança pra ficar para sempre. Muito show de bola tudo isso.


Valeu gente. Até a próxima



terça-feira, 29 de novembro de 2016

PORT MORESBY / PAPUA-NOVA GUINÉ - Mais de 800 línguas faladas num país com 7 milhões de habitantes




MINHA VIAGEM PARA "PORT MORESBY" / PAPUA-NOVA GUINÉ / OCEANIA


De todos os países da Oceania que visitamos, Papua-Nova Guiné tem algo que a diferencia de todos os outros. A língua falada. São tantas línguas faladas aqui, que eh considerado o país onde se fala a maior quantidade de línguas do mundo (são mais de oitocentas línguas distintas e sua maioria ameaçada de extinção e algumas já não tem quem as fale mais). Para você ter uma ideia, uma de cada três línguas faladas no mundo eh encontrada aqui em Papua-Nova Guiné. Eh como se cada cidade ou lugarejo falasse uma língua diferente e, interessante, que todos se entendem. Outro diferencial aqui eh a população (em torno de 7 milhões de habitantes), ao contrário do que se espera, tem a sua maioria residindo fora dos centros urbanos. Até onde soubemos, 80% da população vive fora dos grandes centros. A capital do país, Port Moresby, eh o principal ponto de entrada de turistas que queiram conhecer o país, embora a capital não tenha muito a oferecer aos turistas que buscam principalmente ecoturismo. Mas sempre tem algo para os turistas que buscam um diferencial dos outros países. 


Tínhamos muitos lugares para visitar, muitas aventuras para viver, mas depois de instalarmos no hotel fomos conhecer o Museu Nacional de Papua-Nova Guiné. Muito show de bola o museu. Toda a história do país, desde o seus primórdios, contada e muito bem contada com instrumentos musicais, adornos corporais, tambores, equipamentos marítimos, navios, máscaras de culto e muita coisa legal, tudo bem montado e sequencialmente elaborado. Super valeu a pena conhecer o Museu Nacional de Papua-Nova Guiné. Alguns locais para se visitar em Papua Nova Guiné eh preciso que você vá de um potente 4x4. As estradas são enlameadas e só mesmo um experiente piloto consegue passar por elas. Assim, decidimos não fazer este Rally. A trilha chamada Kokoda eh uma trilha difícil de se fazer, devido os vários obstáculos e grandes distâncias, mas ainda assim eh feita por milhares de trekking que acabam por acampar ao longo das trilhas durante suas caminhadas. Nós fizemos trilhas, mas não a trilha Kokoda, ou melhor, fizemos parte dela e depois partimos para trilhas laterais. Encontramos lagos quentes e borbulhando e buracos de lama quente devido haver em Papua-Nova Guiné vários vulcões e alguns ainda ativos. E nós até praticamos "Flightseeing". Parece que esta palavra eh exclusiva de Papua-Nova Guiné, que nada mais significa "dar uma volta sobre a ilha voando em um pequeno avião" Eh muito show de bola este voo. O importante foi que nos divertimos muito, além de ter sido muito gratificante fazer trilhas, voar, mergulhar e observar pássaros num paraíso chamado Papua-Nova Guiné.


Meus amigos fizeram mergulhos naquelas águas transparentes e cheias de vida (eu não mergulhei), saboreamos vários temperos que são oferecidos das culinárias Japonesa, Inglesa, Australiana, local e Americana. São muitas variedades gastronômicas e todas são bem saborosas. No último sábado de cada mês, acontece na capital a feira de artesanato. Por coincidência estávamos lá e fomos visitar esta feira que por sinal eh muito bacana. Bastante itens diferentes que podemos adquirir como lembrança e para todos os gostos. Adquirimos produtos de diversas categorias e depois fomos para o hotel. Durante nossa visita estivemos em várias ilhas e cada uma delas tem uma cultura diferente e única em relação a outra ilha. Isto sem falar da riquíssima biodiversidade com mais de 700 espécie de aves e vários animais nativos, belos jardins e, pode acontecer de você estar em uma ilha onde acontecerá um casamento e você será convidado a participar. Nas ilhas do "Louisiade Archipelago", praticamente todas as famílias planta em seus quintais seus próprios alimentos e criam porcos ou galinhas para sua subsistência. Então, nestas ilhas tudo que você precisar terá que pagar por ele, porque os moradores destas localidades são muito pobres e precisam do dinheiro para comprar combustível para seus barcos. Eles usam seus barcos (quase toda família tem um) para irem as outras ilhas, como as que possuem médicos por exemplo. São muitas ilhas que formam o país Papua Nova Guiné, visitamos várias delas, mas tinha uma em especial, difícil de chegar, envolto a lendas e fantasias que nós não podíamos deixar de conhecer. A "Trobiand Island" ou simplesmente "Ilha do Amor"

A história sobre esta "Ilha do Amor" começou quando um antropólogo escreveu um livro narrando a vida amorosa dos moradores desta ilha, onde passou a ideia de que antes do casamento as mulheres da ilha podem "namorar" todos os homens que escolherem, inclusive turistas, e nenhum pode recusar este "namoro". Mas isso foi o que muitos turistas entenderam, mas não eh bem assim. Este "namoro" só acontece quando eh época da colheita na ilha. Na Trobiand Island, ou Ilha do Amor, vivi-se quase que exclusivamente da agricultura e seus moradores tentam preservar sua cultura que eh bastante peculiar. Nós não fomos visita a Ilha do Amor. Ouvimos muitas histórias sobre esta ilha, mas não fomos por falta de tempo mesmo e também meio de transporte que até esta ilha não eh muito frequente.


Uma das opções para diversão do turista que na capital Port Moresby eh o curso de Golf. O curso não tem um custo elevado e eh até divertido. Eu não tinha jogado Golf ainda, não era meu esporte preferido. Gosto mais do Futebol Americano. Decidi fazer este curso rápido de Golf e depois participar de uma partida que seria feita com o próprio instrutor. Muito show de bola este curso. Sem contar os muitos micos que paguei, errado a tacada, sem falar as inúmeras vezes que errei a própria bola. A maioria das vezes acertava o pino que sustentava a bolinha do jogo. O instrutor teve muito trabalho em me ensinar, visto minha dificuldade em aprender, mas se divertia muito com meus inúmeros erros. As vezes eu conseguia acertar a bolinha que nem sempre ia na direção certa. Nem eu conseguia entender como errava tanto. Mas eu ria muito e tentava jogar rindo, o que torna tudo mais difícil. Num momento em que o instrutor me ensinava a posição certa de fazer a tacada e como dar direcionamento certo a bolinha, eu estando atrás dele quando devia estar ao lado esquerdo, quando ele levantou o taco para acertar a bolinha, acertou no meu rosto. No susto cai sentado no chão e já com o nariz sangrando onde o taco tinha acertado. O sangue não parava de escorrer, onde tive que ser levado para atendimento médico. Depois de medicado, ficou o roxo no meu nariz que levou um bom tempo para desaparecer.

No outro dia deixamos a Papua-Nova Guiné, um país da Oceania de onde você parte e leva muitas saudades. Saudades de um lugar repleto de belezas naturais, intensa biodiversidade, vulcões, gastronomia diferenciada, cultura única, o falar de mais de 800 línguas diferentes, de um povo sofrido, mas acolhedor. Super valeu a pena e foi igualmente super gratificante.




Valeu gente. Até a próxima


segunda-feira, 28 de novembro de 2016

KOROR / PALAU / OCEANIA - Andando de cabeça baixa, usando o celular para postar nas redes sociais, atropelei um coqueiro




MINHA VIAGEM PARA "KOROR / PALAU" NA OCEANIA 

Quando chegou o dia de conhecermos Palau, me fez lembrar "Jules Verne". (Júlio Verne). Me fez lembrar porque seu livro "A Ilha Misteriosa" conta que esta ilha que fica anos submersa e anos na superfície, estaria nesta região da Oceania e Palau seria o ponto de partida mais próximo. Lembrando Júlio verne, me fez lembrar uma de suas frases que eh uma das minhas favoritas "Tudo o que um homem pode imaginar, outros homens poderão fazer". Claro que nossa viagem à Palau não tem nada a haver com esta Ilha Misteriosa cercada de furacões e tempestades 24 horas por dia e que faz desaparecer aviões e navios. Em Palau ocorre fenômenos naturais científicos misteriosos. Mas seria muito espetacular se esta ilha estivesse lá e se nós a pudéssemos conhecê-la. Mas deixamos a imaginação para escritores de ficção e vamos conhecer Palau, um país com pouco mais de vinte mil habitantes, onde uma das principais (mas não a principal) fonte de renda eh o turismo.

Chegamos em Palau, ou melhor, na ilha da antiga capital do país já que Palau eh composto de 300 ilhas sendo a maioria desabitada. A gastronomia eh uma mistura de sabores Japoneses, Italianos, Ingleses, Coreanos e outros, mas prevalecendo sobre os demais, os sabores Americanos. Em Palau há ótimos restaurantes, hotéis e Resorts praticamente dentro do mar e que oferecem toda  a estrutura para seu turismo. Praticamente tudo que você for fazer em termos de turismo eh necessário pagar uma taxa, sempre em Dollar, e os valores não são baixos. Mas acredite, vale a pena. Qualquer lugar que você for será uma aventura e muito divertida, pois há muitos turistas em Palau e você irá interagir rapidamente com eles e com os habitantes do lugar, que são muito receptivos e sorridentes. 

Há muita coisa legal para se fazer em Palau. E nosso objetivo era conhecer o máximo de lugares possíveis. Se você for Norte Americano poderá ficar um ano inteiro em Palau com o visto que eh emitido na hora em que você chegar, do oposto, seu visto terá validade de 30 dias (também emitido na hora) e você só poderá entrar no país se já estiver com a passagem de volta comprada. Existe várias lagoas azuis (Blue Corner, German Channel, Ulong Channel e Blue Holes) onde você pode mergulhar todos os dias e nenhum dia será como o outro. Como se você estive mergulhando em local diferente. (Mergulhar não era, ainda, minha opção de turismo, embora o mergulho fosse o forte em Palau). Eh super show de bola. Em Blue Conner, você pode nadar com os Tubarões. Claro, se você tiver coragem. Por segurança minha e dos demais, não optei por esta atração turística. Existe também uma lagoa azul em que podemos nadar em meio as águas-vivas (essas águas-vivas não queimam como as demais). Eh muito impressionante e muito show de bola. Claro, aqui não teria problemas pra mim. Ficaria na beira da lagoa e assim me divertiria. 

Meus amigos nadaram com os tubarões (O Kaleb e eu não fomos), mergulharam em duas lagoas (só eu não fui), conhecemos algumas ilhas em um passeio de barco. As águas ali são super cristalinas, a impressão de quem está próximo eh de que o barco está flutuando. Muito show de bola mesmo. Eu nadei próximo as águas-vivas, muito, muito legal. Visitamos a biblioteca, conhecemos a da história deste povo super hospitaleiro, interagimos com os habitantes locais e visitamos várias ilhas que formam Palau. Fizemos tudo que um turista em busca de aventura e conhecimento pode fazer em Palau. 


No último dia de nossa estadia em Palau, a gente ia pegar o avião somente a tarde, fomos dar uma volta pelo centro de Koror, para comprarmos lembranças de nossa passagem por Palau, conhecer mais a cidade e seus habitantes. Este último dia reservamos para este fim mesmo. Não eh só no mar, lagoas, trilhas em matas que você pode se divertir e fazer turismo. As Cidades de Palau tem muito a oferecer para os turistas e nós íamos aproveitar isso. Andado pelo centro da cidade, meus amigos iam a frente e eu, como sempre, vagarosamente ia atrás deles e desta vez, mais vagarosamente ainda, porque estava postando algumas das fotos que tinha tirado em Palau, nas redes sociais. Andando de cabeça baixa, entusiasmado com o que estava postando, não vi bem a direção em que caminhava e então tropecei no canteiro circular que cerca os coqueiros que tem plantando em toda orla do centro de Koror. Ao bater neste canteiro, tropeçando nele, caí para frente e bati de testa no coqueiro ali plantado. Ao bater a cabeça no coqueiro, meu celular caiu, levei um pequeno corte na supercílio que começou a sangrar bastante.

Peguei meu celular rapidamente, o sangue atingiu meus olhos e fui limpando com as mãos e preocupado se alguém tinha visto eu bater a cabeça no coqueiro. Mas alguém sempre vê quando a gente faz isso. Algumas pessoas que viram começaram a perguntar se eu precisava de ajuda e isso fez com que meus amigos olhassem para trás e virem que eu estava com a camisa manchada de sangue, porque eu comecei a limpar o sangue com a camisa. Meus amigos voltaram perguntando o que tinha acontecido e já dizendo que estava demorando acontecer alguma coisa comigo. Mas o sangue não queria parar de escorrer. Tivemos que ir a uma farmácia onde o farmacêutico fez o estancamento do sangue e colocou um curativo. Meus amigos queriam saber o que tinha acontecido, e como eles não tinha visto, decidi não contar. Mas não teve como esconder, acabaram por saber o real motivo de eu ter me machucado e ficaram desejando poder voltar no tempo para filmar a cena, que para eles era a prova definitiva de que eu era a pessoa mais desastrada do mundo. Mas quem nunca bateu com a testa em árvore, poste ou qualquer outro lugar na rua, enquanto digita no celular? Eu já ouvi falar de várias pessoas que pagaram esse mico.

Depois deste contra tempo, decidi que não usaria o celular enquanto andava pelas ruas, mas ali mesmo em Palau a já quebrei minha promessa, porque eh quase impossível você andar e não fazer uso do celular. No final do dia partimos deixamos para trás este belo país, que eh acolhedor, hospitaleiro e que também ficará na história de minha vida, de quando "atropelei um coqueiro" andando nas ruas de Koror em Palau.

Valeu gente. Até a próxima.