sábado, 26 de novembro de 2016

YAREN / NAURU / OCEANIA - A receptividade dos habitantes de Nauru eh mesmo incrível. Eles recebem a gente como quem se importa com você




MINHA VIAGEM PARA "YAREN" / NAURU / OCEANIA


Em nossa passagem pela Oceania, não podíamos deixar de conhecer o menor país do mundo. Então, partimos para Nauru, uma pequena ilha vulcânica no Pacífico Sul.
Para você ter uma ideia do tamanho do país, de carro você percorre toda a estrada que contorna toda a ilha em pouco mais de meia hora. De bicicleta você irá gastar pouco mais de duas horas e se for a pé, seis horas serão suficientes. De avião pequeno, um monomotor por exemplo, você passara pela ilha em minutos. Isso eh muito show de bola. Pode até não parecer, mas tem muita coisa legal pra se fazer em Nauru. Caminhar por trilhas na mata ou nas brancas areias das praias (antes de nadar eh bom saber se não ha risco, pois algumas praias tem correntes marinhas muito fortes e podem te puxar para o alto mar, mesmo que seja praias rasas), Mergulho em alto mar, ver o museu a céu aberto em Yaren, com destroços de aviões, canhões que estão espalhados ali. Também tem pesca esportiva, cavernas e escalada do Comando de Ridge, o ponto mais alto de Nauru, com 65 metros de altura, que era usado por Japoneses para vigiar a Ilha em 1.940. Além da Lagoa Buada, que eh de água doce, embora não possa nadar nela devido não haver circulação de água.
Nosso objetivo principal era conhecer toda a ilha e claro, escalar o Comando de Ridge, afinal, 65 metros não seria tão difícil assim.

A receptividade dos habitantes de Nauru eh mesmo incrível. Eles recebem a gente como quem se importa com você. Achei isso muito show de bola. A gastronomia da ilha eh bem Inglesa, muito saborosa. Eu gostei de tudo e de todos. No bar público você encontra produtos Australianos, mas a gastronomia eh mesma a mistura de todos os povos que já passaram por aqui, mas ficou a gastronomia Inglesa mais predominante.


Então, como planejamos, saímos para conhecer o pequeno país. Conseguimos alugar as bicicletas e fomos a partir de Yaren. Percebemos depois de pedalar um pouco, que de bicicleta não se consegui ir a todos os lugares, só mesmo dar a volta na ilha. Alguns tem que ser a pé mesmo. Mas nada complicado, empurramos as bicicletas e depois continuamos. Só depois de pedalar umas duas horas, conhecer praias lindas de águas azuis e com coqueiros, chegamos no poço azul, ou Lagoa Buada como eh chamada. Uma Lagoa no meio da mata da ilha e que possui água doce. A água eh super azul, mas fomos orientados a não nadar nesta lagoa azul, geralmente as pessoas vão ali fazer piquenique em volta desta lagoa. Por fim, partimos para nosso objetivo final, que era chegar ao cume do Comando de Ridge. Deixamos as bicicletas e partimos para a subida. Nesta subida encontramos alguns destroços de canhões japoneses. Foi bem tranquilo nossa visita ao Comando de Ridge. Depois de umas quatro horas andando de bicicleta, parando para aproveitar as praias, o cenário, os destroços, a natureza, voltamos para Yaren.

Quando chegamos em Yarem, fomos devolver as bicicletas que tínhamos alugado. Não creio que fosse comum alugarem bicicletas, mas deixaram a gente usar e nós os recompensamos, claro. Eu sempre vinha pedalando atrás dos meus amigos, porque eu gosto de apreciar o lugar, as pessoas, o meio ambiente e tudo que de interessante for pra mim. Meus amigos já pedalam mais centrados e vão batendo papo.
Quando voltávamos e já próximo ao local onde pegamos as bicicletas, que era próximo ao pequeno restaurante, meus amigos já descendo das bicicletas, eu pouco atrás, não vi que eles tinham parado e acabei batendo minha bicicleta nas bicicletas dos meus amigos, derrubando todas elas e eu caindo ao chão também e em cima de minha bicicleta. Desta vez não me machuquei, foi mais susto e só um pequeno arranhão no braço. As pessoas ali acharam aquilo muito engraçado e riram muito. Meus amigos ficaram perguntando em qual planeta eu estava para não ver as bicicletas. Levantei o mais rápido possível, limpei a roupa e muito sem graça apenas disse que "foi mal". Desta vez a culpa foi só minha, eu reconheci. Nenhuma bicicleta ficou danificada devido a queda.


Apresei para entrar neste aconchegante bar, onde já tínhamos estado antes, para fugir dos olhares que me acompanhavam devido ao meu tombo, inclusive já tinha feito amizades com a atendente que eh super sorridente (gosto de pessoas que sorriem constantemente, talvez porque eu converso rindo e até por isso meus amigos costumam me zoar, dizendo que rio igual a bobo e sem parar), muito carismática e super atenciosa. Em geral o povo de Nauru eh super atencioso com seus visitantes. 
Ao fim do dia, e com muito pesar, deixamos este pequeno país que eh grande na hospitalidade, fascinante em sua história, rico em sua cultura e com belezas impares.
Foi um dia inesquecível de uma viagem idem.

Valeu gente. Até a próxima

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

OAHU / HONOLULU / HAWAII / ESTADOS UNIDOS DE AMÉRICA - Uma viagem pra ficar na história de minha vida, enquanto minha vida for uma história




MINHA VIAGEM PARA "OAHU" "HONOLULU" / HAWAII / ESTADOS UNIDOS DE AMÉRICA 

Quem já assistiu alguns dos episódios dos seriados "Lost", Hawaii Five-0, assistiu os filmes "Jurassic Park" ou já ouviu falar de Pearl Harbor, sonha em conhecer o Estado Americano do Hawaii. Se for possível transformar este sonho em realidade, faça-o. O Hawaii eh como um estúdio cinematográfico que foi montado caprichosamente pela natureza em um de seus melhores dias. Eu conheço vários Estados Americanos, mas o Hawaii eu ainda não conhecia. Aproveitando nossa volta ao mundo, colocamos o Hawaii em nosso roteiro. Não por ser um Estado Americano somente, mas porque o Hawaii faz parte da história do planeta, de uma forma ou outra.

A primeira vista, quando você chega na capital Honolulu, tem a impressão que chegou uma cidade próspera como qualquer outra cidade próspera do planeta. Mas só parece. A medida que você se afasta da selva de pedras, você tem certeza que veio ao lugar certo para aventuras inesquecíveis. São tantas opções de turismo, conhecimento, lazer, aventuras que fica difícil decidir o que fazer primeiro. Foi assim com nossa turma. Cada um de nós queria ir a um local diferente primeiro. Eu queria conhecer Pearl Harbor, o Miranda (demos este apelido para nosso amigo devido a ele parecer com um jogador de futebol brasileiro de mesmo nome profissional), queria ir ver de perto as grandes ondas assustadoras com formação tubulares, o Nathan queria conhecer o vulcão Kilauea, que ainda está ativo (deve ser bem fascinante viver este momento) o Rummenig queria ir para Kealakekua Bay para nadar com os golfinhos e o Kaleb, o Nerd da turma, queria visitar uma biblioteca e museu.
No final decidimos (eu votei contra este método, mas fui o único) que a decisão de onde ir primeiro seria dos mais velhos para os mais novos. Então Pearl Harbor ficou para o último dia de nossa passagem pelo Hawaii.

Assim, partimos para conhecer o Kilauea, o vulcão ativo do Hawaii.
Não posso negar, conhecer um vulcão ativo eh algo que te deixa fascinado, imaginando como a natureza eh incrível (eh totalmente crível), e mostra nossa insignificância diante dela. Aproveitamos bem o dia, porque você tem muita coisa por ver, fazer e divertir no Hawaii. No outro dia fomos ver as famosas ondas gigantes. Realmente são assustadoras. Eh preciso muita coragem para surfar nestas ondas, mas tem surfistas que entram nestas formações tubulares que se estivem brincando. Tem mesmo que serem aplaudidos de Pé. No terceiro dia fomos nadar com os Golfinhos. Na verdade, nadar onde os golfinhos ficam nadando de manhã ou no entardecer. Não conseguimos chegar tão cedo, então nadamos com golfinhos ao entardecer. Em Oahu, vistamos Museu, Zoológico, e meus amigos  se inscreveram para saltarem de paraquedas. Claro o instrutor pula junto com o aluno em um único paraquedas. Eu preferi deixar para uma outra visita meu salto de paraquedas. Mas fiquei ouvindo meus amigos falarem da sensação e da emoção que eh saltar de paraquedas. Segundo eles, indescritível.


A vida noturna em Oahu eh super agitada. Você tem inúmeras opções de gastronomia, pode curtir uma dança típica ou até participar dela. Meus amigos entraram em uma destas danças e me arrastaram junto com eles. No início achei que estava pagando mico, mas depois fui me envolvendo com a Menina que dançava comigo, ou melhor, estava rodando em minha volta, que me deixei levar. Esta Menina dançava bem demais, se remexia toda e estava o tempo todo sorrindo. Não sei se de mim ou para mim. Mas foi bem legal. dancei do meu jeito sem jeito e acabamos que viramos a atração do local. Acho que as pessoas estavam rindo do mico que eu pagava. No final, a Menina me deu um beijo no rosto que já valeu a pena ter pagado tanto mico. Ela eh linda.

Por fim, fomos visitar Pearl Harbor. Saímos no horário de sempre do hotel e lá fomos nós. Para fazer uma visita completa em Pearl Harbor, talvez um dia não seja suficiente. São vários memoriais e museus. Estão em navios, aviões, submarinos, toda a história da ilha e de Pearl Harbor contadas com elementos que viveram a história deste lugar tão intimamente ligado ao nosso povo. Esta era uma visita que eu precisava e queira muito fazer.
Depois de tantas visitas, voltamos para centro de Honolulu, onde estávamos hospedados. A noite saímos para uma volta pelo centro da cidade, mas nas mediações do hotel mesmo. Estava tudo correndo muito bem. Eh, estava, até aquele momento.


Andando em uma rua central de Honolulu, que estava até calma naquele momento, eu, como sempre, apreciando tudo de interessante, fui atravessando um cruzamento, sendo que meus amigos já estavam do outro lado. Olhei para trás para ver se não vinha nenhum carro da rua lateral. Vinha um carro e dando seta que iria virar onde eu estava passando. Aconteceu que uma Mulher que deveria ter uns 30 anos, vinha em sentido contrário ao meu e também olhava para trás para ver se nenhum carro vinha para virar nesta rua que nós atravessávamos. Creio que deveria estar vindo um carro também. Como eu vi que o carro ia virar, fiz de correr. A mulher que vinha do outro lado, fez a mesma coisa. No que correremos e viramos para frente, batemos nossos rostos um no outro. Parece que a  Mulher vinha com mais impulso e por ser mais baixa que eu, bateu a cabeça no meu queixo que pensei ter deslocado. Não consegui fechar a boca direito porque parecia que o queixo tinha saído do lugar. A mulher então começou a me dar tampas na cabeça dizendo que era para eu prestar atenção por onde andava. Eu tentando fechar a boca, a mulher dando tapas em mim e meus amigos vindo para ver o que estava acontecendo. O trânsito parou no cruzamento até que a gente saísse dali. Meu amigo pegando no meu queixo disse que não tinha deslocado, devia ter saído e voltado pro lugar. A mulher foi embora me xingando e nós voltamos para o hotel. Fiquei com o queixo doendo até de madrugada quando consegui dormir. No outro dia parecia que estava tudo normal, exceto por um pequeno inchaço que ficou em meu queixo, mas não demorou a sumir. Rimos muito de tudo aquilo, depois.


Quando você ouvir alguém dizer que o Hawaii deve ser um pedaço do paraíso, acredite, o Hawaii eh um dos locais mais magníficos da terra. Muito mais que ter valido a pena conhecer o Hawaii foi inesquecível, surpreendente, apaixonante e, como não podia deixar de ser, paguei micos novamente, o que já não era novidade pra mim. Uma viagem pra ficar na história de minha vida, enquanto minha vida for uma história.


Valeu gente. Até a próxima

terça-feira, 22 de novembro de 2016

KIRITIMATI / TARAWA / KIRIBATI / OCEANIA - Viajando para o futuro chegamos primeiro no novo ano, mas sabíamos que o passado nos esperava




MINHA VIAGEM PARA "BAIRIKI" / "KIRITIMATI" / TARAWA / KIRIBATI / OCEANIA

Uma das viagens mais legais que já fiz, sem dúvidas foi para a República de Kiribati na Oceania, mais precisamente para a pequena cidade de Bairiki e Kiritimati.
Havia muitos motivos para nós fazermos esta viagem e passar o réveillon neste pequeno, mas extraordinário país da Oceania, que eh composto de 24 ilhas, mas somente 8 delas eh habitada.

Primeiro, porque os cientistas dizem que este país, com pouco mais de cem mil habitantes  irá desaparecer em no máximo 60 anos, devido ao aquecimento global e consequente subida dos níveis dos oceanos. Então, quem puder, vá conhecê-lo, porque ele poderá, num futuro bem próximo, fazer parte somente dos livros de história. E você só poderá conhecê-lo nas bibliotecas ou em algum documentário na tv.

Segundo, porque eh o único lugar da terra onde você pode estar em quatro lugares diferentes ao mesmo tempo. Bem, teoricamente sim, porque as ilhas que forma o país estão nos quatro hemisférios da terra, mas não podemos estar nas quatro ilhas ao mesmo tempo. Mas isso não diminui a sensação de estar em quatro lugares diferentes, teoricamente, ao mesmo tempo. 

Terceiro, porque podemos viajar para o futuro, sem precisar de máquina do tempo e sem precisar de ir para o espaço ficar viajando anos e anos. Isto porque a pequena cidade de Kiritimati, que tem cerca de 5 mil habitantes, tudo chega primeiro. Eh o primeiro lugar da terra onde o ano novo chega. Assim na virada do ano que passamos lá, entramos no ano novo enquanto todo o resto da terra estava no ano velho. Teoricamente então, estávamos no futuro e todo o restante do planeta estava no passado. Eh uma sensação muito legal saber que você chegou na frente e os outros seguem apenas suas pegadas.
Quarto, porque podemos conhecer um pouco da cultura, dos sabores, do cotidiano deste povo sorridente, receptivo, acolhedor e esperançoso com a possível mudança de seu país para um local seguro.
Visitamos um museu muito show de bola onde retrata um pouco da história de Kiribati, assim você vai entender melhor a história deste Atol. Soubemos inclusive que neste país, antes de 1995, devido a linha Internacional de Data, o Oeste do país era Domingo de manhã e o Leste era sábado de manhã. Interessante, o pais vivia em dois dias diferentes. Muito show de bola isso. Mas em 1995 realinharam a Linha Internacional de Data e acabaram com essa peculiaridade de Kiribati. 
Nesta onda de estar no futuro, fomos até o extremo de Kiritimati, onde o dia chega primeiro e consequentemente o ano. Claro, até onde nos permitiam ir. Depois da euforia da virada do ano fomos para nossa pousada dormir e esperar o resto do mundo entrar no ano novo.
No dia seguinte, com um guia turístico fomos aproveitar o que de bom tem em Kiritimati. Passeio de barco pelas ilhas, mergulho nestas águas super claras (eu nem pensar em fazer isso), praia e pescar em alto mar.
Meus amigos gostaram da ideia de pescar em alto mar e lá fomos nós. Alugaram tudo para esta pescaria com o próprio guia. Eu não curto pescaria, mas não gostaram da ideia de me deixar sozinho na vila (diziam que tinha medo que eu provocasse o sumiço da ilha antes mesmo do nível do mar subir). Eles sempre gostam de lembrar os fatos inusitados que aconteceram comigo, como se estas coisas acontecessem só comigo. Mas enfim, fui para a tal pescaria.
A ideia era ir para alto mar, mas como a turma ficou meio que com medo do alto mar, o barco não parecia tão seguro assim e me zoavam dizendo que eu podia afundar o barco, embora o guia sabia muito bem o que estava fazendo, decidiram pescar no "baixo" mar mesmo. 
Pareciam que nunca tinham participado de uma pescaria antes, embora no mar nunca tinham pescado mesmo. Estavam fazendo uma bagunça com as linhas, com os os anzóis, deixando o guia meio desorientado por nunca ter visto tantos amadores num barco só.
Quando conseguiam desembraçar as linhas e tentavam lançar a isca no mar, fazia o lançamento com a vara, mas o anzol nem saia do barco. Eu ria muito daquilo tudo, porque se fosse comigo diriam que eu sou desastrado e lerdo. Mas eram com meus amigos e então tratei de rir muito da situação, afinal, não era todo dia que tinha motivos para zoar deles, então aproveitei.
Diante de tanta confusão de linhas e anzóis, fui ajudar o guia a desembaraçar as linhas. Quando fazia isso, um de meus amigos com a vara na mão lançou a isca ao mar. Mas era justamente a linha que eu estava desembaraçando. Ao fazer isso, o anzol entrou na minha mão na parte de dentro do dedão. Doeu muito e eu comecei a gritar e espernear gritando por socorro, pedindo para tirarem logo o anzol. Meus amigos pediam para eu parar de gritar senão iam achar que eu estava afogando. Mas doía muito, muito mesmo, no que eu comecei a não me sentir muito bem. O anzol tinha entrado com a fisga para dentro da minha mão e não tinha como puxá-lo. Teria que ir para um hospital para fazerem isso. Cortaram a linha próximo ao anzol e fomos nós para o atendimento médico mais próximo. O médico retirou o anzol, enfaixou minha mão que assim ficou por um bom tempo. 
Depois que saímos do atendimento médico, falei com meus amigos que a culpa daquela vez, de ter acontecido alguma coisa, não era minha. Mas eles disseram que eu não precisava fazer nada, só de estar em algum lugar já era um risco total. (Não achei graça nenhuma)
No fim, voltamos para o passado, quero dizer, seguimos nossa viagem para darmos a volta ao mundo.
Este destino foi o mais inesquecível de todos, porque pude viajar no tempo, começar o ano novo primeiro que todo o planeta, num país que eh um verdadeiro paraíso na terra e que futuramente não poderá existir mais. 
Foi muito show de bola, foi pra nunca esquecer.


 VALEU PELA VISTA / ATÉ A PRÓXIMA

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

NUKUALOFA / REINO DO TONGA / OCEANIA - Os feijões, os óculos e o carro antigo




PASSAGEM POR "NUKUALOFA" CAPITAL DO REINO DO TONGA / OCEANIA
Estava andando por uma rua quando passei por uma casa que tinha estacionado em sua porta um carro bem antigo. Eu segurava uma vasilha feita de barro ou algo parecido, que estava cheia de feijão branco cru, ou algum alimento muito parecido, que acabei comprando de uma vendedora ambulante que insistiu muito para eu pegar a vasilha de feijão. Não entendi o que ela dizia e por fim acabei foi comprando o feijão. Então, quando passei por este carro, coloquei esta vasilha de feijão em cima da capota dele e segui andando. Nisto vi que os dois colegas meu estava indo embora. Indo atrás dos colegas meu, outra mulher veio e ficou oferecendo insistentemente óculos escuros. Acabei comprando os óculos só para poder alcançar meus colegas que já estavam ficando distantes. Quando fui chegando perto da esquina resolvi colocar os óculos e as lentes dos óculos saíram da armação. Eu fiquei pensando que não teria problemas, pois eu nem gostava de usar óculos mesmo. Nisto aquele carro antigo que eu coloquei a vasilha de feijão em cima, passou na rua e ainda estava com a vasilha em cima do capô. Comecei a rir sozinho e depois que atravessei a rua, continuei rápido para tentar alcançar meus colegas, mas já não os via mais. Eles nunca me esperavam porque diziam que eu parava para ver tudo e era muito lerdo, o que eu discordava. 
Continuei andando procurando meus colegas quando vi na rua um homem andando no que seria uma bicicleta. Só que carregava tanta coisa em cima que a bicicleta mesmo a gente não via. Achei engraçada a cena que parecia que a bicicleta andava sozinha, porque dependendo de onde se olhava, não dava para ver o ciclista. Continuei andando rindo sozinho e como não encontrei meus amigos fui para o hotel. 
Pouco depois que cheguei ao hotel começou a ventar muito, o tempo fechou rapidamente. O vento trouxe a chuva e começou a chover dentro de meu quarto, porque a janela estava aberta. Eu estava tomando banho e quando saí do banho fui fechar a janela e vi que meu quarto estava todo molhado, o teto, as paredes e o chão. Fiquei pensando como isto foi possível, pois o quarto tinha uma janela só, mas entendo que deveria ter sido o vento forte. Quando fechava a janela, vi que na rua algumas pessoas andavam na chuva sem se protegerem. Vi que meus colegas vinham rapidamente e já estavam molhados. Depois que eles chegaram foram até meu quarto. E não eh que um deles comprou uma vasilha de feijão também! Ele disse que a mulher ficou insistindo e cercando ele. Para poder ir embora acabou comprando também. Rimos muito da situação. Então disse que o mesmo tinha acontecido comigo e que eu tinha deixado a vasilha de feijão em cima de um carro antigo. Meu colega falou: 
__Ta de brinca né. Vai que comprei o mesmo feijão que você! Rimos muito, mas eu sabia que não deveria ser o mesmo, pois o que eu comprei deveria ter caído de cima do carro quando ele fizesse a primeira curva. 

Foi muito legal esta minha passagem pela cidade de Nukualofa capital do reino do Tonga na Oceania